A COR DO BRASIL É PRETA

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Polícia Federal: para o povo, símbolo de justiça em um Brasil onde a Justiça é quase só um símbolo.

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Há 61 anos, em 16 de novembro de 1960, era aprovada a Lei n° 4 483, que reorganizou a Polícia Federal brasileira, à época chamada Departamento Federal de Segurança Pública, cuja história havia começado 16 anos antes, em 28 de março de 1944, data oficial de criação da PF.

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O Brasil é mais Brasil quando se veste de preto. É essa a cor preponderante das roupas dos agentes da Polícia Federal (PF), conforme vê-se nos telejornais.

São esses homens e mulheres da PF que há 77 anos, mas sobretudo nas décadas mais recentes, vêm restituindo um pouco do nosso orgulho de ser brasileiro.

Neste momento, com o concurso de alguns juízes e outras instituições públicas, são os agentes federais, e não os políticos, os que verdadeiramente representam o sentimento de grande parte dos habitantes deste país.

As demoradas e pacientes investigações expuseram e vão expor cada vez mais, em evisceração, o que de pior existe em governantes e gestores, mandatários e assessores, políticos em geral, parlamentares federais e estaduais, sejam senadores ou deputados, empresários e profissionais liberais, lobistas e o que mais, que tiveram ou tentam (man)ter ramificações em todos os Poderes, com o fim único de apropriarem-se de dinheiro do povo brasileiro.

Um dia chegará que veremos a exposição a nu de mais e mais administradores municipais ladrões de recursos públicos.

Prefeitos, políticos e agentes públicos assim, bandidos travestidos de “excelências”, têm, juntos, formado e se revezado para constituírem o maior esquadrão de fuzilamento do Brasil em todos os tempos. Com seus roubos de milhões e bilhões de reais, eles vieram e ainda vêm encostando ao paredão da miséria e da morte dezenas de milhões de brasileiros, assassinados fria e covardemente pela fome, pela falta de saúde e educação e emprego de qualidade, entre outras balas mortais, que nunca erram o alvo.

Os prefeitos, governadores, secretários, vereadores, deputados e senadores e outros políticos desonestos são mais do que bandidos: são os maiores “serial killers”, os maiores matadores de brasileiros. Enquanto multidões de desgraçados arrastam-se ao rés do chão como subgente, os bandidos da política alçam vôos cada vez mais altos, com a participação de outros podres Poderes e com a complacência de uma lei que não mais é maleável, mas, sim, mole; lei que não mais é flexível, mas, sim, frouxa. (Conclui-se amanhã)

POLÍCIA FEDERAL: BRASILEIROS DE PRETO TORNAM MELHOR O BRASIL.

Esses prefeitos, parlamentares, governantes, políticos e outros bandidos de gravata foram e ainda querem ser mestres em conluios com empresários igualmente bandidos, bandoleiros sem-vergonhas. São mestres em cooptar assessores sem personalidade, dos quais extraem o que de pior existe neles, pondo a seu serviço essa carga de desfaçatez, de tendência ao crime e de inteligência a serviço do mal, visando e conseguindo a egoísta acumulação de poder e dinheiro.

Para sentirmos o quanto já se desviou de dinheiro no Brasil, poder-se-ia lembrar aqui dados de décadas atrás, como os quase R$ 700 bilhões já malversados segundo reportagem do jornal “O Dia”, do Rio de Janeiro;

— os 46 bilhões de dólares anuais roubados e desperdiçados, segundo livro de ex-ministro do Planejamento;

— os 20% do orçamento brasileiro dedicados à corrupção;

— os 85% do total das prefeituras que, segundo a Controladoria Geral da União, eram/são corruptas ou apresentaram/apresentam graves desvios;

— os 75% do dinheiro do FUNDEB (educação), que, segundo o Ministério Público Federal, desviados, não chegaram/não chegam à escola, ao aluno, ao professor…

A documentação jornalística acerca de roubos, assaltos, escândalos, desvios, fraudes e crimes de toda sorte com o dinheiro público é suficiente para formar uma grande enciclopédia do banditismo oficial, com dezenas de volumes.

Se o dinheiro roubado da Nação brasileira tivesse sido empregado honestamente em educação, saúde, geração de emprego, habitação, segurança, cultura, infraestrutura, com certeza absoluta o Brasil estaria entre os países mais desenvolvidos do mundo e quiçá pertencesse ao seleto grupo do G-7, G-8 ou “G” sei-lá-o-quê mais.

Hoje, entretanto, o Brasil, com toda a riqueza potencial que tem, ainda amarga vergonhosas colocações no Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH, da ONU). Do “A” do Afeganistão ao “Z” do Zimbábue, houve anos em que só não ficamos em último ou penúltimo porque, infelizmente ou felizmente, existiam/existem países piores, como Haiti, Burundi, Suazilândia, República Centro-Africana, Serra Leoa e outros. O Brasil é permanente recordista em péssimas colocações em “rankings” de desenvolvimento, de educação, de criminalidade (segurança pública) etc. etc.

Por isso, quando os “homens de preto” da Polícia Federal aparecem na TV, depois de meses e anos em “hibernações” investigativas, quer-se acreditar que ali não é apenas um trabalho policial, mas também um verdadeiro espírito de brasilidade, por onde se vislumbra a possibilidade de reconstrução da nossa nacionalidade.

Expurgando-se os maus brasileiros, quem sabe os bons se animem a mais e mais ocupar os espaços políticos, sociais e administrativos e, assim, ajudem a reduzir a bandidagem, a repartir melhor os recursos, a redescobrir nosso verdadeiro país e a dar uma melhor cara à nossa identidade. 

EDMILSON SANCHES
CURSOS – PALESTRAS – CONSULTORIA
Administração – Comunicação – Desenvolvimento – História – Literatura
ENTRE EM CONTATO: [email protected]

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