Alberto Pessoa (escritor)
Há quase um mês a população de Caxias, Maranhão, terra do príncipe dos poetas Antônio Gonçalves Dias, convive com a certeza do abandono simbolizado pela presença de um pequenos jegue que circula pelas ruas da cidade em sol a pino ou sob a penumbra da noite.
A cena tem deixado indignada a população que vê a cada dia o animal definhar em seus passeios cabisbaixo e melancólicos, dia após dia.
O pequeno asinino tem procedência desconhecida, parece até mesmo um daqueles animais que ” caiu da mudança” e jamais encontraram o caminho de volta.
Entre os intervalos matinais e a chegada do crepúsculo, à sombra do ocaso à espera da “aurora boreal” da velha Caxias bicentenária o jeguinho saboreia refeições emergentes em disputas com cães e gatos nas sobras de lixo doméstico já azedadas pela espera dos coletores que “colocam o pé na parede”, pelos constantes atrasos nos seus vencimentos.
Em ruas e marquises à procura de alento o jumentinho já chamado ” MASCOTE DE CAXIAS” espera por uma gentileza e já tem quem fale em adotá-lo como um símbolo do descaso público e humanitário.
Ainda não apareceu o órgão da Vigilância Sanitária que cuida do setor de recolhimento dos animais de rua. Existe isso na cidade? Mas verbas pra isso sim!
Os defensores das causas animais do município estão em animosidade? Ninguém tomou o fardo para si. A verdade é que o ” Mascote” pode ter um mesmo fim de muitos caxienses que tem se confrontado com a MORTE em face à falta de segurança e políticas públicas que possam tirar a todos da penumbra e do sofrimento que assolam a cidade.
E o PREFEITO? AH! O PREFEITO, não foi encontrado na prefeitura. Estava com sua ” CONSORTE” em um PARAÍSO TURÍSTICO nas praias do Atlântico Sul. Boa sorte Jegue Mascote.