Além dos Corpos
Escritor, poeta, colunista, novelista, romancista policial, cientista da religião, especialista em Docência e Gestão em Tempo Integral, professor, trilheiro. Enófilo de vinhos. Em 2018, teve as suas poesias declamadas na Rádio Massa FM 98.7 de Florianópolis, e segue ainda visitando. Faz parte de várias Academias de Letras. Participa de várias antologias de livros.
PERFEITO DESTINO
Eu leio para enxergar novos cenários,
Deixar a alma seguir seu propósito,
Em seu mais que perfeito destino,
Para encontrar em si mesmo,
A pureza da definição da escrita.
E confessar que sois uma chama divina,
A expressão das festividades da aurora!
Exalando os eflúvios dos vales secretos,
Onde sua perpétua juventude se mostra.
Diga-me em seu “Bom Dia”, o que escondes?
Se teu ser se distancia, mas é autêntica,
Ou se és uma veracidade frente ao oceano,
Que conversa inteiramente com a luz da lua?
Como podem os teus olhos serem repletos de evidências?
E transfigurar para o visível, aquilo que é invisível,
No qual se pode contemplar em vidraçarias nas Catedrais,
Os anjos que a nós são doravante manifestados?
Num repente, sou guiado, mesmo não querendo,
Para o lugar que despertar-me no amanhecer.
Não é-me aconselhável passar por onde ando,
Contudo, a voz em mim, instiga-me a fazer.
Onde se encaixa a insônia dormente,
Da qual não tenho, nem que quisesse?
Sustenha com os meus cortês verbetes,
Na esperança de que elas, de alguma forma, te satisfaça.
Veja como cantam os pássaros,
Como a poesia soletra os seus versos?
E terás a temática de seus dias,
Numa fonte inspiradora de seus mistérios.
Conceda-te escrever o que lhe vem à mente,
Dando-a o mais complexo benefício da dúvida.
Transcenda-te além do que se deseja,
Indo por palácios imortais que te preservam.
Enquanto vou rabiscando alguma história,
Que nem sei se sairá alguma vez do papel timbrado.
Mas que por sorte, a verei ser os traços de um escritor,
No qual se traduz por erudição, por trás de uma janela do silêncio,
Vista somente por aqueles cuja polidez os interrogam.
Escrita em 24/10/2024.
Poema n.3.077 n.48 de 2023.
NOVELA – O PRIVILÉGIO DE TE QUERER
Capítulo 4 – CHANDONE
SEMPRE A MESMA HISTÓRIA
Um dos frequentadores do Chandone, havia pego o braço de Joana. Vendo isso, sua colega se aproximou e deu de dedo no homem de aproximadamente 63 anos de idade. Além de ser um bar, também funcionava como uma pequena boate.
-Se encostar nela, eu chamo o Ramon!-Gritou com veemência.
Ramon era seu primo e segurança do bar.
-Claro! Como queira!-Disse o senhor.
-Vem Joana!-Falou ao pegar na mão dela.
As duas se dirigiram para a bancada, e ali estava um dos bartenders.
-O mesmo?-Referia-se ao senhor.
-É Fabrício! O mesmo.-Demostrou cansaço.
Fabricio Rodrigues trabalhava todos os dias, exceto nas terças-feiras. Era um bartender fabuloso, e uma joia rara da casa.
-Logo começa o show de vocês. Mas antes, tem que servir as mesas.-Sorriu para Joana.
-Tudo pela minha mãe!-Coçou o pescoço.
-E como ela está?-Pôs as mãos na bancada.
-Morrendo!-Falou grosseiramente.
Pegou a bandeja e foi servir uma das mesas.
AEROPORTO HERCÍLIO LUZ
Ao desembarcarem, João Vitor olhou para a lua e lembrou-se das vezes em que ele e sua mãe sempre imaginavam cenas e cenários, quando a via despontando nos céus de qualquer lugar onde estivessem.
-O que foi?-Olhou a lua também.
Depois de admirá-la, voltou-se para o amigo.
-Eu e minha mãe costumávamos recordar do filme “Lua de Fel” de 1992.
Sua mente ia pelas cenas do filme, e a imagem de sua matriarca.
-Nunca vi.-Confessou.
-Deveria, meu amigo! Ah, como deveria.-Sorriu.
Ao adentrarem no táxi para irem ao Cambirela Hotel, João Vitor começa a criar a temática da primeira etapa do concurso, e das seleções, baseado no “Lua de Fel”.
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