Lançando o seu oitavo livro, o ensaio “Ernesto Nazareth, Carioca”, o escritor e pianista Newton Nazareth defende a sua tese inédita com uma Palestra, objetivando elevar o célebre tio-bisavô ao patamar de Compositor de Música Internacional, e superar a sua atual classificação de precursor da música brasileira. Apoiado na análise de documentos e fatos históricos, o autor resgata o cenário cosmopolita do Rio de Janeiro, a capital do Império do Brasil, no qual se revelará o verdadeiro perfil de Ernesto Nazareth, um artista carioca, universal e de alma nobre.
O AUTOR
Newton Nazareth (6 de junho de 1962, 62 anos), escritor, compositor, palestrante e pianista, está devidamente classificado pelo seu primo, o genealogista Gilson Caldwell do Couto Nazareth (1936–2016), no estudo “Gente de Turquel – Genealogia Silva Nazareth”: “Newton Martins Nazareth (músico) n. Rio-Andaraí em 06/06/1962.”1 Newton Nazareth foi reconhecido pelo pesquisador como sobrinho-bisneto do compositor e pianista Ernesto Nazareth (1863– 1934), e como representante da linhagem Silva Nazareth, originária de Turquel, Portugal, ao final do século XVII. E a qual pertence o seu pai, Newton da Silva Nazareth (1924–2007), e também os seus antecessores. Alinhados a Vasco Lourenço da Silva Nazareth (1838– 1939), pai de Ernesto, e aos que o precederam.
A curiosa circunstância em comum é que ambos os músicos perderiam o duplo sobrenome, inadvertidamente, devido a caprichos de batismo. A Ernesto Júlio de Nazareth foi outorgado um nome mais curto que o do pai, sem olvidar o segundo prenome, em homenagem ao padrinho. A seu turno, Newton Martins Nazareth teve o sobrenome paterno reduzido, ao herdar o da mãe, a pianista Lourdes Martins Nazareth (1928–2016).
O que não os impede de ter, na mesma árvore genealógica, a companhia de Francisco Manuel da Silva (1795–1865), o compositor da música do Hino Nacional Brasileiro. Conforme nos conta Gilson Nazareth, em outra publicação de sua autoria, “Genealogia Nazareth”.
Na primeira geração dos Nazareth nasceu, entre outros, Frei José do Paraíso, músico. Teria sido ele quem colocara o sobrinho, o futuro maestro Francisco Manuel da Silva, nas aulas do Padre José Maurício Nunes Garcia. Newton Nazareth graduou-se em Arquitetura, mas profissionalizou-se como Músico. Após trinta anos de carreira, e com o advento do confinamento em 2020, dedicou-se a composições de larga escala — oratórios e óperas contemporâneas — e tornou-se escritor, publicando sete obras — quase todas em coautoria com a sua esposa, a escritora, artista e professora Regina Brito. Ambos dirigem a Academia Pan-americana de Letras e Artes do Rio de Janeiro – APALA RJ — da qual ele é o Presidente; e ela, a Vice-presidente —, associação habilitada a participar de editais públicos no setor cultural e a propor projetos como: “Ernesto Nazareth, Carioca”, cujo marco inicial é o lançamento do livro homônimo. Na seara literária, a família também tem propriedade.
Novamente com a palavra, o mestre Gilson. Um de nossos tios foi particularmente bem-sucedido: José da Silva
Turquel, Comissário de Comércio de Carreira para o Rio de Janeiro e Familiar do Santo Ofício. Descenderia dele a família Silva Nazareth, de impressores e livreiros portugueses, donos da ainda existente Livraria Nazareth. O impressor José da Silva Nazareth, no XVIII, lisboeta, tem uma produção conhecida e preservada de
livros publicados. Enfim, evocando o centenário empreendimento familiar em Évora, Portugal, o autor busca as bênçãos para o seu oitavo livro.