Homenagem à Dalva Fralich

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Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia, é por si só, uma vida” (Séneca)
Renata Barcellos

Hoje, sábado, 17 de fevereiro de 2024, o dia amanheceu desolador com a notícia do falecimento de Dalva Fralich, amiga, artesã, artista plástica, cordelista, e escritora, escultora, poeta e professora. Uma multiartista. Presidente da ABLAP e membro de diversas academias como ABD, APALA, ACLAF e UBE. Autora de obras como: A vida em prosa e verso e Cenas do quotidiano.

Significado do nome Dalva “da manhã”, “da aurora” ou “branca”. O nome Dalva começou por ser inicialmente “da Alva”, passando depois para “d’Alva” até chegar (finalmente) a sua forma atual. Alva significa “aurora”, “manhã e vem da palavra em latim albus, cujo significado é “brilhante”, “claro”, “muito branco”. A origem de seu
nome faz sentido com a multiartista Dalva Fralich. Sempre ela foi “aurora”, “brilhante” com seus projetos. Antes da pandemia, era muito atuante nas inúmeras atividades pelas diversas instituições das quais fazia parte.

Era incansável. Veio a COVID, tudo demorou a retomar. Nada foi mais como era antes. E com Dalva não foi diferente. Freamos nossas participações. Outras demandas surgiram no meio de muitas perdas. Muitos se foram.
Mas resistimos àquele mal terrível. Conheci Dalva Fralich assim que iniciei no universo literário há mais de 7 anos. Foi uma das pessoas que me incentivou e indicou para várias academias ALAP, APALA, LITERARTE … A partir daí, foram muitas reuniões, eventos juntos. Até rádio fizemos como o Programa Encontro marcado com a cultura de Arleni Batista, BAND. Foram várias manhãs enriquecedoras de domingo juntas debatendo sobre cultura e educação. Das viagens, a que mais imprevistos ocorreram, a de Paraty, para a Feira Literária em 2022, em homenagem ao bicentenário de Maria Firmina dos Reis, uma mesa-redonda em parceria com a Editora Conejo.

Está disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=5wByygrASgA

Dalva Fralich transitava em diversas vertentes da poesia: da trova ao soneto. Dominava a estrutura. Diversas vezes pedi para ela revisar minhas trovas. Além disso, organizava belas exposições de artes plásticas. A seguir, uma das trovas da poeta dentro da temática do carnaval:

Quando danço um bom samba,
Giro muito igual pião.
Penso até que sou bamba,
Bem no meio do salão.

Tive a satisfação de redigir o prefácio da II antologia da ABLAP intitulada Primavera. Caro leitor, esta obra é composta por poemas diversos: sonetos, trovas, haicai… Uma diversidade assim como a floração, na época desta estação. São como flores desabrochando ao serem lidos. A cada leitura, um aroma é exalado. Cada poeta imprime sua percepção através desta temática.

Primavera nos remete a vida, a esperança, o reiniciar, o reiventar-se, ser resiliente, o símbolo do “dar a volta por cima”, a bonança. Esperamos que a leitura proporcione acalento a corações despedaçados, esperança aos
que precisam se reerguer. A vida apresenta percalços, mas precisamos supera-los. A escrita alimenta a alma, nos faz florir em tempos nublados, em dias de tempestades…

A palavra Primavera nos permite decompô-la em várias possibilidades
Prima Vera
Ima
Era
Rima

Simboliza a fertilidade de ideias, o desabrochar de novos pensamentos. Desejamos uma boa leitura! Que esta obra faça florescer novos poemas, decisão. “Se permita florescer. Não faça questão de se manter em galhos que jánão te sustentam. Viver, é renovar-se diariamente. Édeixar ir tudo que jánão serve. É permitir que chegue tudo que nos vista de alma nova, tudo que nos faça florir!!” – Emília Ferreira

O nome da antologia Primavera representa bem Dalva Fralich. Adorava plantas, flores. Foi ser mais uma flor no jardim eterno. Que descanse em paz, minha amiga! Parabéns presidente da ALSPA Rogerio Veiga pela bela iniciativa: criou a cadeira 78 em homenagem a ela. Viva a imortal Dalva Fralich.

Como Dalva Fralich adorava soneto, terminarei esta breve homenagem com um de seus em homenagem à Horacina Corrêa de Lima (ex-cantora brasileira). Nascida na Colônia Africana, foi solista do bloco de carnaval Os Turunas. O sucesso a levou às rádios porto-alegrenses. Em 1935, cantava num horário fixo na Rádio Correio do Povo, apresentando sambas, marchas, tangos…).

Soneto Horacina

Ah, moça bonita Horacina
Que na vida já superou,
Uma terrível e triste sina;
Que o destino lhe preparou!
A vida, às vezes, nos ensina,
um caminho com muito pitéu,
para chegar naquela esquina;
é preciso, antes, chegar ao céu!
Oh! Moça que enfrentou o dragão;
Superando os obstáculos,
apenas com amor no coração!
Derrubando os vis incrédulos,
Promovendo grande união,
Causando assim espetáculos!

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