O CRISTO QUE VIVE, E O QUE MORRE EM NÓS

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Dois de novembro. Dia de Finados. Dia dos Mortos.

Lembro-me de quem morreu. Morreu por nós.

Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João registraram, para fé da História e para a história da Fé, o lugar onde se ergueu em cruz o corpo ferido, debilitado, sanguinolento, lanhado a couro e ferro, pau e espinhos, além dos apupos da turba ignorante, que não sabia o que falava ou fazia.

De dois mil anos para cá Cristo vem sendo morto e ressuscitado pelos que sucederam àqueles que, em seu tempo, foram os primeiros a saberem da remissão dos pecados, da possibilidade do Paraíso, da fruição da vida eterna.

Ao cristicídio cotidiano Ele responde com amor. Com o pedido de perdão ao Pai, pedindo desculpas pelos que “sabem o que fazem”. Com o líquido final que jorrou sobre os olhos do centurião ou soldado que o ferira de morte e os curou de grave doença ocular — com o que Longinus (nome atribuído àquele militar romano), alvo desse milagre “post-mortem”, abandona o exército, converte-se, vira monge, percorre terras em pregação cristã e, por isso, é preso, torturado, tem sua língua cortada e seus dentes arrancados, virando santo cultuado na Europa e América. (É o santo da crença popular que diz: “São Longuinho, São Longuinho, se eu achar o que perdi dou três pulinhos”).

Dois mil anos depois, ainda submetemos Cristo ao “espetáculo” de nossas paixões terrenas, onde interesses e desculpas amontoam-se para “justificarem” os erros e desacertos humanos.

Por antecipação deveríamos saber: anuncia-se uma segunda vinda de Cristo, mas não haverá uma segunda vida e morte d’Ele.

Desta vez, quem irá para o patíbulo, quem será arrastado à cruz, quem se secará ao sol clamando gotas de água e amor…

…Desta vez, quem receberá a sentença…

…quem se submeterá à vergonha…

…quem padecerá sob o açoite, o flagelo e a tortura…

…quem será trespassado pelos cravos nos pulsos…

…quem terá os imensos pregos cravados nos pés…

…quem tentará inspirar, respirar e, pelo peso do corpo, não terá ar nos pulmões e se asfixiará…

…Desta vez, quem receberá a espetada impiedosa da imensa lança que varará pele, romperá carne, afastará ossos, triturará órgãos e esburacará o peito…

…Desta vez não será o Cristo…

…O Cristo seremos nós.

Neste Dia dos Mortos, que vida é a nossa vida?

EDMILSON SANCHES
[email protected]
CURSOS – PALESTRAS – CONSULTORIA
Administração – Comunicação – Desenvolvimento – História – Literatura
ENTRE EM CONTATO: [email protected]

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