Psiu poético: “Gente como a gente”

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Na manhã deste sábado, um bando de malucos pela poesia se juntou, no auditório do Centro Cultural, para participar da primeira reunião geral e colaborar na preparação da 37a edição do Festival de Arte Contemporânea Psiu Poético, com o tema “Gente”.

Do grupo teatral Transa Poética, nasceu o Salão Nacional de Poesia Psiu Poético, que cresceu e, hoje, quase quarentão, alcançou o status de Festival de Arte Contemporânea Psiu Poético, que sempre acontece entre os dias 04 e 12, de outubro, ininterruptamente, desde 1987, em Montes Claros.

Quanta alegria em poder respirar nessa ambiência literária, compartilhar poesia e abraçar pessoas tão díspares, em todos os sentidos que a diversidade comporta e enriquece nossa sensibilidade multicultural.

Nosso doutor honoris causa, o incansável agitador das artes em geral, Aroldo Pereira, ainda que acometido por um quadro provavelmente viral, esteve à frente da organização, junto com uma atuante equipe de suporte.

Entre os participantes dessa primeira reunião, destaco o professor, poeta e escritor Fábio Gonçalves, que vive e trabalha na Comunidade Rural de Água Boa, no município de Claro dos Poções. Falou da sua trajetória literária, que se apoia na sua participação, de longa data, no Psiu Poético. Tanto que optou em lançar seu próximo livro, na 37a edição do Festival, ao invés da Bienal do Livro, no Rio de Janeiro.

Fiquei bastante comovido com a fala de um participante (não me lembro do seu nome), com disartria (transtorno neurológico motor da fala, caracterizado pelas lentidão, fraqueza, imprecisão e incoordenação dos movimentos dos músculos da fala), que se locomove com o apoio de um andador, ao trazer a poesia na canção do saudoso Gonzaguinha: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz/Cantar/A beleza de ser um eterno aprendiz”.

E pra representar muito bem a temática desse ano, o longevo, simpático e carismático Zé Vicente, na companhia do seu filho Álvaro Vicente, que fez o registro do evento com sua robusta filmadora.

O Aroldo lembrou das disposição e responsabilidade culturais do Zé Vicente, em apoiar pessoalmente o Psiu Poético, quando esteve à frente da Prefeitura de Moc, tanto como vice, quanto como prefeito.

Tivemos, além das diversas outras pessoas que já participam ou participaram das outras edições, uma galera jovem, muito antenada, com olhares poéticos aguçados e cientes da importância do festival como um canal, de manifestação e integração culturais, riquíssimo em possibilidades, bem aqui, na nossa querida e amada Montes Claros.

Um abração e até logo mais!

Milton Teixeira Filho

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