A amizade nunca morre

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“Amigo é coisa para se guardar. Debaixo de sete chaves. Dentro do coração. Assim falava a canção que na América ouvi. Mas quem cantava chorou. Ao ver o seu amigo partir”. (Milton Nascimento)

*Alberto Pessoa

Nesta segunda-feira ( 20), às 17h será celebrada na Igreja São José em Timon- MA, a missa de um mês do falecimento, aos 70 anos de idade de José Alves de Moura Filho, uma pessoa que eu estimava e o tinha como um verdadeiro irmão. Era também meu primo de segundo grau.
Zé Filho era um amigo de infância, onde o respeito e a admiração eram autênticos e mútuos. Nunca sairá de minha memória a relação amigável de minha família com os Moura proprietários da Fazenda Jacarandá, no município de Matões, do Senhor Zeca Moura e dona Agostinha, cuja prole crescia sob os ensinamentos tradicionais de uma família sustentada pela fé e pelos bons costumes.
Zé Filho era um dos mais novos. Teve uma caminhada de lutas e vitórias, sendo admirado por todos os que o conheciam, pela pessoa humilde e amiga que foi.
Morreu em sua casa no Jacarandá, local em que vivia feliz cuidando de manter aquilo que seus pais deixaram de mais valioso: a propriedade, a dignidade, o trabalho, a religiosidade, a união. Cuidava com orgulho das criações, das plantações, da cultura da paz e do amor.
Ainda criança, o meu pai Zuzu Pessoa, compadre do casal Moura gostava de me deixar na casa da família Moura em finais de semana. A minha memória guarda as lembranças daqueles momentos. Ainda cedo éramos despertados pelo canto dos pássaros e a movimentação da dona Agostinha que já havia cozinhado o leite da vaca tirado pelo senhor Zeca e preparado um cuscuz de massa de arroz pisado no pilão, acompanhados de café torrado, que o aroma jamais sairá de nossas lembranças. Uma mesa farta, com ovos caipira fritos no azeite de coco babaçu, beiju de tapioca, frutas do pomar eram o nosso desjejum. Já estamos prontos para seguir para o baixão onde na roça colhíamos melancia, melão, caninha… e comíamos ali mesmo.
Se jogávamos peteca juntos? Não, nós andávamos era a cavalo, banhávamos no riacho e jogava bola em frente à igreja construída no pátio da fazenda.
O tempo passou e cada um seguia o seu destino. Nos últimos anos eu fazia frequentes visitas ao meu amigo Zé Filho no Jacarandá onde era recebido com toda a liberdade que um verdadeiro companheiro de infância tem.

MEMÓRIA
Hoje, sentimos a dor da saudade, mas também celebramos a vida de um homem que deixou um legado de amor, fé e solidariedade. José Alves de Moura Filho, ou, como todos carinhosamente o chamavam, Zé Filho nasceu no dia 19 de agosto de 1954, no Povoado Jacarandá, município de Matões, Maranhão, fruto da união de José Alves de Moura e Agostinha Soares e Silva. O casal teve doze filhos, sendo nove homens e três mulheres: Maria do Rosário, Rousevelt (Zé Russo), Raimundo (Oncinha), Neto Moura, Antônio Sobrinho (Soares), Vicente de Paula, Maria de Fátima, Carlos Augusto (in memorian), José Augusto, Silvanei e Maria Augusta.
Uniu-se em matrimônio à sua amada esposa Ângela Maria Porto de Carvalho, com quem construiu uma linda família. Dessa união vieram três filhos: Marcos Vinícius Carvalho de Moura, Márcio Rodrigo Carvalho de Moura e Patrícia Carvalho de Moura. Além disso, ele criou e adotou como filha Jordeany Barbosa dos Santos, que o presenteou com três netas adotivas, Adrianny Vitória dos Santos Brito, Ágatha Valentina Barbosa Matos e Ana luiza Barbosa Matos, e no momento estava aguardando ansiosamente a chegada de mais um neto, filho de Rodrigo e Maria Kárita.


Zé Filho dedicou sua vida ao trabalho, à família e à comunidade. Foi vereador por três mandatos na cidade de Timon, Maranhão, que iniciou no ano de 1997 e finalizou em 2008. No exercício da função, sempre foi reconhecido por sua coragem, simplicidade e dedicação ao povo. Seu lema era: “Não tenho formatura, mas tenho formação”, uma frase que traduzia sua essência e a sabedoria que guiava suas ações, herdadas de seus pais.
Nunca esqueceu suas raízes. No Povoado Jacarandá, se dedicou ao que mais amava: cuidar de suas criações e pecuária. Sua vida foi marcada pela fé inabalável, pela determinação em vencer desafios e pelo coração generoso que nunca hesitou em ajudar quem precisava. Era devoto de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro.
José Filho era um homem de sonhos, que encarava os desafios da vida com coragem e determinação. Sua simplicidade era acompanhada por um coração generoso, sempre disposto a estender a mão a quem precisasse. Ele viveu com dignidade, inspirando todos ao seu redor com sua fé inabalável e sua bondade.
“Que seu exemplo de luta, coragem e generosidade continue a inspirar todos nós. E que Zé Filho descanse em paz, com a certeza de que sua memória permanecerá viva em nossos corações, guiando-nos em nossas jornadas e de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo, amá-lo e que sua luz continue a brilhar em nossas vidas”, desabafou o seu irmão Soares.
As mensagens familiares traduzem o amor que todos tinham por José Filho:
NETA-Para que a fé inabalável do meu avô, seja espelho para nós, que possamos continuar sua missão de amor e união.
SOBRINHO(A)- Para que se perpetue em nossa memória, as palavras de conforto e os momentos de alegria que vivemos ao lado do nosso querido tio José Alves de Moura. Nós vos pedimos Senhor.
CUNHADO (A)-Que o amor e a grandeza do coração do meu cunhado José Alves de Moura Filho se espalhem juntos aos Anjos e Santos e que eles nos ajudem a diminuir assim, a dor da saudade.
IRMÃOS -Elevemos nossas preces a Deus todo poderoso, que ressuscitou Seu Filho, para nos confortar nesta hora de tristeza, e conceda a salvação a nosso Irmão José Alves de Moura Filho. Para que meu irmão José Alves de Moura Filho, seja acolhido na casa do Pai com muita luz, pela missão que em vida ele desempenhou tão bem de amar e servir ao próximo de maneira desprendida.
ESPOSA-Sua dedicação, amor e preocupação com sua família ficará sempre em nossos corações e para que nos confortemos na certeza de que meu esposo José Alves de Moura Filho viva a felicidade eterna, e para que todos os seus bons exemplos sejam motivos para prosseguirmos a nossa caminhada.
FILHO (A)-Senhor, leva o meu querido pai a vossa morada, cuja saudade só a fé consola. Perdoa seus pecados, transforma a dor que experimentamos, em fé e envia o Espirito Consolador a nossa família.
Como dizia o saudoso jornalista Léo Batista “ só morre aquele que não é lembrado”. Você, Zé Filho, estará sempre presente na vida daqueles que te amavam e te amam.
“Mas quem ficou, no pensamento voou. Com seu canto que o outro lembrou. E quem voou, no pensamento ficou. Com a lembrança que o outro cantou…
…O que importa é ouvir a voz que vem do coração. Pois seja o que vier, venha o que vier. Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar. Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar”.

*Alberto Pessoa é jornalista e escritor

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