ANTÔNIO PEDRO CARNEIRO

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Ex-presidente da Academia Caxiense de Letras.

Antônio Pedro Carneiro tinha muitos títulos, acadêmicos e profissionais. Sargento, tenente, capitão, comandante e instrutor (do Tiro de Guerra 10-002), diretor (da Ciretran – Circunscrição Regional de Trânsito), diretor (escolas), bacharel (em Direito), escritor…

Mas, quando ele assinava convites em nome da Academia Caxiense de Letras (ACL), que ele presidiu de 2014 a 2016, seu nome era antecedido de “Professor”.

Há três anos, na tarde de uma quarta-feira, 16 de outubro de 2019, o Professor Antônio Pedro Carneiro faleceu em Caxias (MA), cidade à qual tantos e variados serviços prestou, sempre com a marca da seriedade, da eficiência, da responsabilidade. Seu corpo foi velado na sede da Academia, na Rua Alderico Silva (antiga Rua 1º de Agosto), Centro, de onde saiu, na manhã de 17/10/2019, para sepultamento no Cemitério Aluísio Lobo, anexo ao Cemitério Nossa Senhora dos Remédios.

Aos 88 anos, Pedro Carneiro, além de inteligentes filhos, deixou um legado para Caxias e para o Maranhão, legado que inclui gerações de alunos, atividades como militar, gestor de órgãos públicos, professor e diretor em estabelecimentos de ensino, presidente da Academia de Letras, diversas obras publicadas e a publicar.

Desde que a notícia da morte de Pedro Carneiro foi-se espalhando, um grande número de amigos e conhecidos manifestou-se, com registros nas redes e grupos sociais. Um conjunto de pessoas em especial trouxeram relatos em mensagens escritas e em áudios: eram os muitos alunos do Capitão, os quais, saudosos e pesarosos, descreveram passagens dos tempos em que estiveram “sob o tacão”, a autoridade inconteste do instrutor militar ou do diretor escolar.

Além de militar do Exército Brasileiro, Pedro Carneiro foi diretor e professor em escolas de Caxias. No Colégio Diocesano, por exemplo, ensinou Inglês, língua em que era diplomado pela National Schools, na Califórnia (Estados Unidos).

Um dos membros fundadores da Academia Caxiense de Letras, Pedro Carneiro ocupava a Cadeira nº 13, cujo patrono é o multitalentoso professor caxiense Jadihel José de Almeida Carvalho, formado em Engenharia Elétrica e Mecânica.

Pedro Carneiro publicou pelo menos três livros: “Negritude e Poder”, “Cosmovisão de um Cronista” e “No Mundo da Poesia”, este o mais recente. Seu filho Nehemias Carneiro disponibilizou à época versões impressas e eletrônicas (“e-books”) desses livros, inclusive um título novo, “Ternura de Mãe”. Interessados podem consultar o “site” da mundialmente famosa loja de comércio digital Amazon.

Conheci Antônio Pedro Carneiro. Sendo ele de pouca exposição (“low profile”), eu o visitava em sua residência em Caxias. Conversávamos. Falávamos sobre Literatura, Cultura e aspectos relacionados a Gestão Pública e desenvolvimento do município. Ele me presenteou com exemplares de alguns de seus livros. Certa feita, em 2014, junto com o confrade Aluízio Bittencourt, fundador e também ex-presidente da Academia, demoramo-nos em argumentos e contra-argumentos na tentativa de convencê-lo a candidatar-se à presidência da Academia Caxiense de Letras. Como se sabe, naquele ano ele foi eleito presidente, à frente da chapa “Lucy Teixeira”, nome que homenageava a poeta, romancista e contista caxiense (1922-2007) que estudou na Europa e foi a quinta mulher a ocupar uma Cadeira na Academia Maranhense de Letras.

Em julho de 2019, há menos de três meses da data de seu falecimento, procurei saber de notícias dele junto à sua talentosa filha, a bióloga e professora universitária Ester Carneiro (que, sempre alegre, simpática, espontânea, auxiliou-me discretamente no lançamento de um livro meu — “Do Incontido Orgulho de Ser Caxiense” –, durante palestra que ministrei no auditório lotado do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, evento organizado pela Associação da Velha Guarda Caxiense).

Antônio Pedro Carneiro era cidadão caxiense, conforme Lei Municipal nº 780, de 30 de novembro de 1976. Era oficial da reserva do Exército, posto de capitão.

No terceto final de seu soneto “Catarse”, Pedro Carneiro põe em versos o que se deve desejar a quem não mais está aqui:

“[…] que da morte surja nova vida,
livre de temores, dor e frustrações.”
Descanse em paz, amigo e confrade Antônio Pedro Carneiro.

*

REPERCUSSÃO – Alguns comentários a este texto, quando de sua publicação origina, em 2019:

“Em 1966, quando servi no TG [Tiro de Guerra] 194, lá estava ele no comando da corporação, da qual também era instrutor… Eu cursava o segundo ano científico no Colégio Diocesano e ele era o professor de Inglês… Anos depois nos encontramos na Rádio Mearim de Caxias, onde ele atuava como comentarista esportivo… Professor Antônio Pedro Carneiro, descanse em paz. (LUIZ ABDORAL, radialista, Caxias – MA, 17/10/2019)

“Honrou-me sobremaneira ter conhecido esse cidadão e amigo. Tivemos muito tempo de convivência, trabalho e diálogo, como Diretores de CIRETRANs, no DETRAN – MA. De conduta ilibada, servia como referencial para muitos amigos e servidores do Órgão. Com certeza, deixará uma grande lacuna na cidade caxiense. Aproveito para, de público, registrar os meus sinceros pêsames.” (ALLAN COSTA, militar, PMMA, Caxias – MA, 17/10/2019)

“Mestre Antônio Pedro Carneiro foi meu professor no Centro de Ensino de Segundo Grau Municipal Cônego Aderson Guimarães Júnior, em 1996. Professor mais dedicado que já vi em sala de aula, e paciente também. Quando um aluno, às vezes com certa timidez, falava que estava com dúvida, ele respondia: “Se for o caso, eu explico até mil vezes pra você”. Por disciplina militar, não sentava em sala de aula. Até a chamada fazia em pé. Às vezes, por curiosidade, nós alunos passávamos pela sala dos professores: lá estava ele em pé, conforme sua doutrina militar. Mas enquanto professor era bastante amável com todos os alunos. Nossos sinceros pêsames ao professor Nanhum, Natan e outros irmãos e amigos desse ilustre Cidadão Caxiense de Coração e das Letras.” (FLÁVIO BORGES GOMES, professor, Santa Inês – MA, 17/10/2019)

EDMILSON SANCHES
Academia Caxiense de Letras

Fotos: Antônio Pedro Carneiro em evento na Academia Caxiense de Letras e em reportagem de 01/07/2014, jornal “O Estado do Maranhão”, quando de sua posse como presidente da ACL.

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Jesus Pearce
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