WILSON EGÍDIO DOS SANTOS – 90 anos neste 23 de novembro

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WILSON EGÍDIO DOS SANTOS
Odontólogo, biólogo, professor e escritor
(23/11/1931 — 07/11/2012)

—– Ele nasceu, viveu e morreu em Caxias. Ensinou e prestou serviços profissionais em Caxias. Afora o curso superior, fez seus estudos e ensinou em Caxias.

*

Neste 23 de novembro de 2021 completaria 90 anos. Mas faleceu em 07 de novembro de 2012, aos 80.

Wilson Egídio dos Santos, filho de Maria Zulmira dos Santos e José Egídio dos Santos, estudou em conhecidas escolas caxienses: no Grupo Escolar João Lisboa fez o antigo Primário (Ensino Fundamental) e, no Colégio Caxiense, cursou o Secundário (Ensino Médio).

Graduou-se em Odontologia e Biologia em São Luís (MA), de onde retornou para Caxias e passou a prestar serviços profissionais como dentista e professor.

Não fui seu aluno, mas o professor Wilson ensinou em dois colégios onde estudei, o Coelho Neto e o Duque de Caxias (Projeto Bandeirantes).

Wilson Egídio também ensinou onde aprendeu, no Colégio Caxiense. Igualmente, foi professor no tradicional Colégio Diocesano, lá em cima do Morro do Alecrim.

Dedicou-se ainda Ensino Superior: foram 25 anos como professor da Universidade Estadual do Maranhão (Centro de Estudos Superiores de Caxias), instituição pela qual se aposentou.

Manteve colaboração regular no jornal “O Pioneiro”, de Caxias, para o qual escrevia crônicas e artigos. Estes textos também eram reproduzidos em folhetos e distribuídos gratuitamente.

*

Conheci Wilson Egídio dos Santos pela condição de ambos sermos colaboradores do jornal “O Pioneiro”, dirigido pelo meu grande amigo Vítor Gonçalves Neto, jornalista e escritor, o mais caxiense dos piauienses.

Eu era ainda adolescente e redigia inteiramente o jornal “O Sabiá”, da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), da qual era diretor, por ser menor estagiário do Banco do Brasil.

O Vítor Gonçalves tomou conhecimento do jornalzinho e me convidou para escrever para “O Pioneiro”. Pouco tempo depois, além de artigos, poesias e notícias, passei a escrever uma página inteira no jornal, intitulada “O Gonçalvino – Movimento Literário”. Essa página era dedicada a divulgar “os novos”, que eram poetas e outros escritores que moravam em Caxias e cuja produção literária era desconhecida.

Às vezes, a pé, eu passava em frente à casa de dois pavimentos do Wilson, na Rua Libânio Lobo, centro de Caxias, e, nos fins de semana, lá estava ele, na calçada ou na área interna, tomando uma cerveja, com tira-gosto à base de carne, alguns amigos e conhecidos em volta, todos animados.

Wilson Egídio, como sempre, com a voz potente, tonitruante, se me via, me chamava. Quase sempre estava com exemplares de folhetos com seus textos, geralmente artigos, que ele mandava imprimir e os quais pessoalmente distribuía. Às vezes nos encontrávamos pelas ruas de nossa amada Caxias e ele tecia um e outro comentário acerca de um artigo que eu escrevera no “O Pioneiro” e emendava perguntando-me se já vira seu mais recente texto publicado como panfleto — e me passava à mão uma ou mais folhas avulsas…

Todos os amigos e conhecidos de Wilson Egídio dos Santos sabiam de seu apelido, geralmente colado ao primeiro nome e sempre pronunciado com apreço, sem mofa nem troça ou zombaria: “Wilson Cara de Cavalo” — em razão de seu rosto grande, anguloso, áspero. Mas Wilson destilava camaradagem.

Não fiquei sabendo de sua morte, quando ocorreu, neste mesmo mês de novembro, há nove anos. Entretanto, em 2013, tendo viajado mais uma vez a Caxias, estive em sua casa duas ou três vezes. Conversei com sua viúva (de segundas núpcias) e com um antigo funcionário do Wilson odontólogo. Esse funcionário, à época, ainda “tocava” alguns serviços no velho consultório odontológico do conhecido dentista e professor caxiense.

Em novembro de 2014, retornei a Caxias para dar palestras na mesma universidade pública em que Wilson passara um quarto de século como professor. Andando a pé pelas ruas de minha cidade, revi a casa de dois pavimentos onde antes morava o Wilson Egídio dos Santos. Na época, a casa estava habitada apenas por uma placa de “vende-se”.

Wilson Egídio dos Santos está a merecer um trabalho de recuperação de sua biografia e de sua obra esparsa em jornais e folhetos.

Seria recomendável a edição de um livro que reunisse seus textos, além de apreciações sobre ele e sua obra, escritas por familiares, amigos, colegas professores, jornalistas e escritores.

Seria o mínimo para recuperar e documentar a memória desse grande caxiense, professor de gerações, escritor, colaborador em jornal e um raro exemplo em Caxias de autor que disseminava suas críticas e ideias por meio de folhas impressas avulsas, como antigamente — e romanticamente — faziam revolucionários e radicais panfletários.

Grande amigo Wilson Egídio! Saudades!

*

Alguns comentários de ex-alunos e eternos amigos:

—– “[…] Dr. Wilson, grande pessoa. Obrigada, Edmilson Sanches velho amigo você dos Caxienses.” (PROVI ASSUNÇÃO PESSOA, caxiense, psicopedagoga e professora, residente em São Luís – MA)

—– “Foi meu professor na UEMA [Universidade Estadual do Maranhão], unidade de Caxias, de Sociologia (acho). Fiz Biologia e pude contar com o apoio e dedicação na transmissão de seus conhecimentos aos alunos, dos quais era muito querido. Saudades!” (ROSIANE PEREIRA DE MENEZES, Caxias – MA)

—– “Foi meu professor de biologia na UEMA/CESC [Centro de Estudos Superiores de Caxias]. Muito comprometido com seu trabalho! Saudades desse grande mestre.” (SHIRLEY FIGUEIREDO, Caxias – MA)

—– “Professor Wilson, foi meu professor de Biologia. Eu adorava suas aulas.” (MARINETE VIANA SANTOS, caxiense, graduada em Letras, residente em São Luís – MA)

—– “Um grande Homem que merece todas as homenagens.” (CRISTIANO PAULO, Caxias – MA)

—– “Meu avô merece todas as homenagens… Meu incentivador de leitura!!” (CRYSTIANE SHARON PAULA SANTOS, Caxias – MA)

—– “Sofri na mão dele pra tirar um dente. Kkkkkk” (ADILSON BITTENCOURT DE ALBUQUERQUE, caxiense, psicólogo, residente em Curitiba – PR)

—– “Foi meu professor no Colégio Caxiense. Excelente professor e amigo.” (JURDINO PINHEIRO ALMEIDA, Caxias – MA)

—– “O pai dele foi o meu primeiro dentista e eu tenho história interessante. Deus os tenha em bons lugares.” (WILSON BARBOZA COSTA – Sesse, caxiense, residente em Valinhos – SP)

—– “Merece um lugar de destaque no panteon caxiense.” (JOSÉ CARLOS SANTOS, caxiense, graduado em Teologia e Pedagogia, bispo evangélico, residente em Ipameri – GO)

—– “Meu querido amigo, na sexta-feira eu recebi o ‘Terra Timbiras’, foi uma grande alegria, super obrigado. O Seu trabalho de garimpagem dos nossos valores é de uma importância pedagógica incalculável. Parabéns!” (JOSÉ SALGADO MARANHÃO, em 23/11/2014, caxiense, escritor, compositor, residente no Rio de Janeiro – RJ)

—– “Parabéns, Sanches. Seu trabalho em favor da memória dos nossos valores culturais é espetacular. Bom dia. Abraços.” (CARVALHO JÚNIOR, em 23/11/2014, caxiense, professor, gestor escolar, escritor, ativista cultural, falecido em 30/03/2021)

EDMILSON SANCHES
CURSOS – PALESTRAS – CONSULTORIA
Administração – Comunicação – Desenvolvimento – História – Literatura
ENTRE EM CONTATO: [email protected]

Foto: O professor, odontólogo, biólogo e escritor caxiense Wilson Egídio dos Santos, com os amigos Cantarelli (microempresário; o primeiro da esquerda para a direita), Jorge Bastiani (escritor e músico) e Cid Teixeira de Abreu (escritor e professor universitário, falecido).

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