E nesses encontros infinitos
Dentro de um silêncio gracioso que,
Encobres-me de tantos devaneios e,
O que vejo, são os vislumbres de teus olhos.
No mesmo instante em que tua alma,
Passou a tocar a minha com palavras,
Sinto-me perdido no tempo em ti,
Por seres a minha musa a inspirar a lira.
Sois a enigmática desde sempre,
Quando reencontrei-te por ocasião!
E transmuta-se minha existência simples,
Avistando de longe, este nobre cavaleiro de coração.
Tudo são aromas de rosas,
Que se exalam por entre as árvores,
De florestas incalculáveis deste terra,
Diante de uma memória que agora, me consola.
Plasma-te-me como um verso sensível,
Latente por coisas, das quais não digo!
Mas que no pé do vento, vem descobrindo-se,
A razão por estares frente a frente,
comigo.
Não de maneira visível,
Mas totalmente espiritual,
Banhando-me só com sua ternura,
Nos desdobramentos da linguagem textual.
Bia, não fujas tanto assim!
Conserva-me sempre dentro de si,
Por sua nascença como o sol,
E o luar que faz-me nela repousar.
Porque vens deslumbrante como estrelas,
Cintilando, em um céu, a qual jamais ninguém viu.
Andando sobre as nuvens, inteiramente de branco,
Sorrindo, e sussurrando sons, que para muitos, não se ouviu,
E para outros, demonstrando a resplandecência,
Ao sorrir, no balanço de seus cabelos inebriantes,
Do jeito que possas até vir a hipnotizar.
E naquilo que está marcado em sua história,
Ensina-me a também querer desfrutar,
Por esta motivação, no qual renovas-me.
Escrita em 28/08/2024.
Poema n.3.096/ n.67 de 2024.
Capítulo 1 – AMBIÇÕES DIFERENTES
FLORIANÓPOLIS, 12:00
Joana estava em casa, no Ribeirão da Ilha. De lá, podia-se sentir o ar puro, e a sensacional vista do mar. Morando a cerca de sete anos, desde que vieram da cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais. Há dois anos atrás, sua mãe teve câncer, e no ano seguinte, isso a agravou, deixando-a na cama.
-Hoje vou ter que trabalhar, se eu quiser trazer conforto para a senhora.-Lacrimejou ao falar.
Com muita dificuldade, Lívia Castro pegou na mão de sua filha, e lhe enunciou:
-Se você conseguisse um trabalho que lhe agradasse, não precisaria estar naquele lugar.-Respirava devagar.
-Mãe!-Tocou no rosto carinhosamente.-Como eu iria ter a oportunidade de ser uma modelo e te dar o precias? Os remédios são caros, e paliativos!-Quis lacrimejar.
-Já estou morrendo, e sabes disso!-Olhou-a com tristeza.
–Dona Lara vai ficar aqui, até que meu turno acabe.-Sentiu dor no peito.
-Está bem! Não se preocupe comigo, querida!-Sentiu-se cansada.
Dona Lara era vizinha, professora de geografia aposentada, que sempre ajudou Joana com a mãe tão doente. Levantando-se, e saindo do quarto, ela foi até o deck da moradia, e observando as ondas, pronunciou em solilóquio.
-Quisera eu que Deus pudesse encaminhá-la até os seus braços sem sofrimento algum, e que meu sonho se tornasse real!-Desejou.
RESTAURANTE ARCHEO – TORONTO – CANADÁ
Localizado no Distillery District, este restaurante italiano, oferece um variado cardápio, e o ambiente traz uma decoração encantadora. Suas paredes são de tijolos rústicos, painéis iluminados e mesas feitas com madeira de 150 anos de idade.
-E como se dará isso, posso saber, meu amigo!-Estava ansioso.
-Bem, creio que Florianópolis poderá sediar um concurso de modelos e podemos fotografá-las em um ambiente belo, por natureza!-Abriu um sorriso.
-Ah, João Victor! Quem não te conhece, não mensura o que está na sua mente de empresário, fotógrafo e mulherengo. No que está tramando? .-Tomou sua bebida.
-Quê isso, Luis Carlos Monteiro!-Balançou a cabeça.-Belo amigo, você é, né?
João Vitor havia herdado uma fortuna dos pais, mortos em um acidente de avião, e a empresa, a AMFIM – Agência de Modelos e Fotografias Institucional Marques.
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E-mail: [email protected]
